domingo, 23 de março de 2008

BONITO DE SANTA FÉ CRIA COMISSÃO MUNICIPAL PRÓ-SELO


O Município de Bonito de Santa Fé - PB, criou a Comissão Municipal Pró-Selo Unicef, que tem como meta de trabalho coordenar, incentivar e apoiar as sub-comissões que trabalharão os temas abordados no ano 2008 do UNICEF, para criar condições de melhor convivência das crianças e adolescentes na esfera do município.


Estavam presentes na criação da comissão o Prefeito Municipal Jozimar Alves Rocha, a Vice-Prefeita Fátima Tavares de Lucena, a Vereadora Fabiana Neves, a Secretária Municipal da Educação Arlene Medeiros, o Secretário Municipal da Ação Social José Miliano de Sousa, a Coordenadora Educacional Iuzanete Timoteo, a Profesora Cosma Damásio, demais técnicos educacionais, técnicos de assistência social, membros do Conselho Tutelar e outros integrantes da comunidade, que desejam e apostam no desenvolvimento do município através do apoio a criança e ao adolescente.


O Prefeito Mazinho Rocha no uso da palavra facultada, frisou que o município que tem no seu orçamento público o objetivo de realizar seus gastos dando prioridade ao bem estar social e ao crescimento qualitativo da criança e do adolescente, está não só cumprindo sua obrigação de cuidar de seus munícipes, mas está usando seu financeiro como investimento de visão lucrativa a médio e longo prazo, argumentando que com isto, está impedindo que seus recursos futuros sejam comprometidos com despesas voltadas para combate a violência e extrema pobreza, sendo que criança bem cuidada e educada e sinônimo de sociedade futura estruturada, para sua convivência comunitária.

PERFIL DE BONITO DE SANTA FÉ.


Aspectos Históricos

Os primeiros habitantes da região, na margem do Rio Piranhas, foram os Índios Arius, da tribo Cariris. A esses, juntaram-se os colonos europeus e brasileiros, oriundos do Ceará, Pernambuco e de outras regiões da Paraíba, constituindo a miscigenação como base da população atual.
A ocupação destas plagas se deu em meados do século XVIII. Deve-se a Teodósio de Oliveira Ledo, capitão-mor da ribeira do Rio Piranhas, hoje Pombal, o desbravamento e os primeiros contatos com os nativos da terra.
A história política de Bonito de Santa Fé começa mesmo com a decadência da Vila de Santa Fé, hoje Distrito do Município de Monte Horebe.
Terra próspera, de clima agradável, razão pela qual atraiu muitas famílias de diversas sub-regiões do Nordeste. Todavia, o desenvolvimento dessa vila entrou em decadência devido às rixas e aos conflitos existentes entre as famílias Barbosa e Viriato.
O padre José Tomaz de Albuquerque, da freguesia de Cajazeiras, ainda tentou promover a pacificação entre os conflitantes, mas não obteve êxito em sua missão. E Santa Fé tornou-se ruínas, admitida como castigo atribuído pelo padre Ibiapina, quando afirmou que ali bem próximo nasceria a terra da promissão.
Bonito de Santa Fé nasceu, então, a poucas léguas da vila destruída, numa propriedade da família Arruda Câmara, vendida a Martin Afonso Diniz, Manoel José de Sousa e Francisco Timóteo de Sousa.
Esses desbravadores e seus comandados, na condição de vaqueiros do pastoreio, mestres em madeira e fortes agricultores, foram os primeiros no povoamento dessas paragens, onde prosperam, graças à agricultura rudimentar e à pecuária extensiva. Os primeiros povoadores trataram logo de iniciar uma feira livre, contando com o apoio decisivo de Tomaz Romeu, cunhado de Francisco Timóteo de Sousa, que deu muito de seus pertences para que fosse construído um galpão para as feiras livres semanais e a construção de uma Capela, hoje Matriz de Santo Antonio (foto abaixo).

Figura 3 - Matriz de Santo Antonio, uma das primeiras edificações do Município de Bonito de Santa Fé
Constituindo-se numa das primeiras edificações do Município de Bonito de Santa Fé, somente nos anos 90 foi modificada, com poucas alterações, a não ser a parte de teto, piso, construção de uma sacristia na parte traseira, e modificações no seu altar-mor, prevalecendo a fachada com arquitetura antiga.
Se tudo era planejado e realizado com a força da união entre os homens, a essa altura o já então chefe político do lugar, coronel Antônio Martins, para garantir ordem e evitar que o lugar tivesse a sorte drástica da Vila de Santa Fé, não acatava e sequer aceitava a passagem de bandidos (na época, os renomados cangaceiros) pelo novo povoado.
Com o passar dos tempos, Bonito, outrora distrito monopolizado por São José de Piranhas (na época, Jatobá), despertou para sua independência política. O coronel Antônio Martins iniciou as conversações junto ao interventor da Paraíba - Argemiro de Figueiredo - e o prefeito de São José de Piranhas - Malaquias Barbosa -. O coronel teve o imediato apoio do seu filho, José de Sousa Morais e do Dr. Praxedes Pitanga, homem de alta habilidade profissional no campo jurídico, fazendo-se apresentar na capital do Estado como um defensor da causa.
Coincidente ou intencionalmente, para não desagravar o prefeito de São José de Piranhas, o interventor federal da Paraíba programou uma viagem a capital do país, deixando respondendo pelo expediente o seu sucessor imediato, Dr. Silva Mariz, a quem coube a responsabilidade de fazer a citada e desejada promulgação.
Vencidos todos os obstáculos, finalmente veio a publicação, no Diário oficial do Estado, do Decreto-Lei n° 1.164, de 15/11/1938, com a nomeação nessa data do primeiro Prefeito, cuja indicação recaiu na pessoa do médico Manoel Batista Leite e se deu a revelia da família Martins Morais, o que insatisfação entre as partes, uma vez que a família Martins Morais, segundo consta, foi a que mais fez no desdobrar para a emancipação política de Bonito de Santa Fé.